8 Passos Simples Para Lançar O Seu Infoproduto Do Jeito Certo E Sem Perder Dinheiro
Como Lançar O Seu Infoproduto Do Jeito Certo E Sem Perder Dinheiro
Está cada vez mais fácil ganhar dinheiro pela internet.
Você entra em qualquer aplicativo e vê muitas pessoas ensinando como ganhar muito dinheiro em pouco tempo.
Sem sair de casa.
Sem ter experiência anterior.
Com um celular. Ou um computador.
São muitas ideias para ganhar ter uma renda extra pela internet.
- Vender os seus serviços ou produtos
- Criar um blog
- Anunciar produtos ou serviços de outras pessoas
E o mundo está se dividindo.
Em 2020 somos pessoas que:
- Vendem pela internet (ou querem vender)
- Compram pela internet (ou querem comprar)
Com bastante segurança, posso afirmar que você está em um destes dois grupos.
Afinal, todos estamos.
A internet está em todos os lugares.
Usamos a internet para conversar com amigos, familiares, conhecer pessoas novas, comprar comida, procurar emprego, estudar e para trabalhar.
Exclusivamente a internet.
O mercado mudou.
Daí é que nasceram os infoprodutos.
Mas não só eles.
Os infoprodutores, os coprodutores, os gestores de tráfego, os afiliados.
Os novos consumidores sociais.
Você enxerga a transformação da sociedade e quer fazer parte: estamos escrevendo história.
Cada um a seu modo.
Para trabalhar na linha de frente desta transformação, você precisa estar preparado.
Não é só pegar o celular e navegar pela internet.
Em primeiro lugar, você precisa saber o que é um infoproduto.
A nova fonte de poder não é o dinheiro nas mãos de poucos, mas informação nas mãos de muitos.
John Naisbitt
Infoproduto é uma espécie ativo digital, que pode ser disponibilizado gratuitamente ou vendido por meio de download de arquivo ou acesso via plataformas na internet.
Então, se você está interessado em ganhar dinheiro com infoprodutos, você precisa ler este artigo até o final.
Vou te mostrar como lançar o seu infoproduto adotando os cuidados jurídicos necessários para não ter surpresas.
Passo #1: reconhecer que o seu infoproduto é uma empresa
Um ponto de muita importância para você que deseja vender um infoproduto, é tratar seu negócio como uma empresa, pois de fato é.
Desta forma, as formalidades acompanham o seu trabalho para sua própria segurança.
Você pode constituir sua empresa, com diversas formas de trabalho:
- Trabalhar como pessoa física
Esta é a forma que a maioria das pessoas que trabalham pela internet escolhem para começar: sem nenhuma formalidade, tratando o trabalho apenas como uma fonte de renda extra.
Mesmo que trabalhar sem qualquer formalidade seja uma opção, com toda certeza é a menos recomendada.
Isto porque, existem muitos riscos envolvidos quando se desenvolve uma atividade sem a estrutura adequada: qualquer problema relacionado ao seu infoproduto deverá ser resolvido por você e poderá, inclusive, atingir o seu patrimônio (conta bancária, carro, casa etc).
Além disto, se você possui outras fontes de renda, como um emprego CLT, por exemplo, o salário que você recebeu como empregado deverá ser somado ao valor que você recebeu com a venda de infoprodutos e isto pode gerar um imposto de renda a pagar maior do que se houvesse a formalização de uma empresa.
Portanto, mesmo que vender infoproduto seja uma renda extra para você, considere que ter uma empresa pode trazer maior segurança para o seu negócio na internet.
- Microempreendedor Individual (MEI)
O MEI surgiu como forma de tornar mais fácil a regularização e formalização de trabalhadores autônomos e empreendedores.
Deste modo, é criado de um CNPJ, com um nome fantasia e pagamento de tributos, de forma simples e acessível, garantindo ao empreendedor a possibilidade de emissão de notas fiscais, benefícios previdenciários (auxílio doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, auxílio maternidade) e outros benefícios, como linhas de crédito específicas para empréstimos e financiamentos.
Para enquadrar-se como MEI, o empreendedor não pode participar de outras empresas como sócio, pode contratar até um funcionário pela modalidade CLT e deve exercer as atividades permitidas ao MEI.
Por exemplo, profissionais como psicólogos, dentistas, veterinários não podem ser MEI.
Você pode clicar neste link para verificar quais são as atividades permitidas ao MEI.
Outro ponto importante é que, para se enquadrar como MEI, a receita bruta anual não pode ultrapassar R$ 81.000,00.
O MEI paga, todos os meses, tributos no valor de R$ 52,25 (INSS), acrescido de R$ 5,00 (para Prestadores de Serviço) ou R$ 1,00 (para Comércio e Indústria). É o regime mais simples de tributação e também o mais barato, pois o valor é fixo e independe do faturamento da empresa.
Então, se a renda que você tem com infoprodutos é maior do que R$ 6.750,00 por mês ou se você é sócio de alguma empresa ou até mesmo se precisa contratar mais de um funcionário para te auxiliar, o MEI não é uma possibilidade.
- Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)
O MEI é a forma menos burocrática de regularizar a atividade do infoprodutor. Mas, se os requisitos para a sua existência não são cumpridos, constituir uma EIRELI é uma opção.
Na EIRELI, o empreendedor atua de forma individual, sem sócios – assim como ocorre no MEI, mas não há qualquer tipo de limitação quanto ao faturamento anual, quantidade de funcionários ou até mesmo empresas que o sócio da EIRELI faça parte.
Também, é uma vantagem considerar que a responsabilidade do sócio irá se limitar ao valor do capital social da empresa, ou seja, o sócio não responderá com o seu patrimônio pessoal por eventuais dívidas e responsabilidades decorrentes da atividade da empresa. Com uma exceção: quando agir de forma ilícita.
Para abrir uma EIRELI, é necessário indicar o capital social de, no mínimo, 100 salários mínimos e registrar o contrato social na Junta Comercial. Ao contrário do MEI, a tributação da EIRELI não é fixa e depende da escolha do regime tributário e o pagamento dos tributos serão variáveis, calculados de acordo com o faturamento obtido pela empresa.
- Sociedade Limitada (LTDA)
Como o próprio nome diz, aqui temos de fato uma sociedade, com a existência de dois ou mais sócios.
Não há valor mínimo no valor do capital, como ocorre com a EIRELI, mas a responsabilidade dos sócios, em regra, também fica limitada ao capital social da empresa.
No caso de dívidas, cada sócio responde proporcionalmente à sua participação na empresa.
- Sociedade Anônima (S/A)
Outra modalidade de atuação é através da sociedade anônima. Ainda é uma opção pouco usada por infoprodutores, em razão de suas peculiaridades.
Seu capita é dividido por ações. As regras e formas de atuação são definidas através de estatuto, devendo obedecer a Lei nº 6.404/76.
É uma forma societária utilizada em grandes empresas, vez que as ações podem ser cedidas livremente a terceiros, não havendo a vinculação a figura dos sócios, tal como ocorre nas sociedades limitadas e que podem oferecer as suas ações na bolsa de valores.
- Sociedade Simples
É a constituída por dois ou mais sócios. Mas, seu ponto de destaque é quanto a responsabilidade.
Na sociedade simples, a responsabilidade dos sócios é de forma ilimitada e destina-se à prestação de serviços intelectuais (literários, artísticos ou científicos).
Como cada tipo societário tem características específicas, é necessário conhecer cada um deles e entender o que encaixa melhor a sua atividade e seus objetivos.
Passo #2: formalizar os contratos com quem participa do negócio
Depois de reconhecer que o seu infoproduto é ou faz parte de uma empresa e que formalizar a atividade empresarial é imprescindível, existem outros aspectos que também demandam a sua atenção.
Os contratos!
Você precisa formalizar contrato com os fornecedores do infoproduto, bem como com seus sócios e parceiros.
Todo mundo que, de alguma forma, participa do seu trabalho na internet deve ter uma relação bem definida e por escrito.
Sem dúvida, formalizar contratos dá segurança aos envolvidos e pode evitar uma série de surpresas desagradáveis e prejuízos.
E não há um contrato universal que serve para todo tipo de negócio.
Por isto, conheça o seu negócio.
Mapeie os riscos.
Construa contratos que façam sentido ao seu infoproduto e não use modelos da internet.
A perda financeira de não ter contratos bem elaborados pode superar em muito o valor do investimento para contar com um advogado especialista em contratos.
- Contrato com fornecedores
Existem contratos com fornecedores que você fará e outros que irá aderir. Inclusive para estes, você deve ler e saber o que está contratando.
Atente para multas, prazos de vigência e formas de rescisão do contrato.
Sempre quando realizamos uma contratação, tudo vai bem. Os problemas surgem depois, mas o contrato é que vai prever como serão resolvidos e qual o tratamento dado a cada situação.
Então, ao ler um contrato, imagine o que pode acontecer se tudo der errado.
- Quais as implicações de cancelar o contrato antes do prazo estabelecido?
- O que fazer se o serviço não entregue?
- Qual a multa em caso de atraso de pagamento?
- É necessário comunicar a rescisão do contrato com antecedência?
- O percentual ou valor cobrado está adequado ao serviço contratado? Está na média do mercado?
Caso tenha dúvidas quanto ao contrato, não assine. Primeiro esclareça tudo, ajuste o que for necessário e só então feche negócio.
Afinal de contas, escolher fornecedores ruins pode prejudicar todo o desenvolvimento do seu trabalho.
Você não quer administrar mal o seu negócio e se ver na situação de pagar para trabalhar.
Ou não ter dinheiro suficiente para pagar as contas no final do mês.
Não basta vender o seu infoproduto. Você também precisa negociar bem com quem está trabalhando com você.
- Contrato com sócios e parceiros
Estas espécies de contratos jamais podem ser negligenciadas.
Isto porque, as responsabilidades e direitos de cada um dos sócios e parceiros devem estar claras.
- Combine o trabalho
- Regras de confidencialidade e não-concorrência
- Participação nos resultados
- Forma de pagamento
- Investimentos
- Responsabilidades
Formalize as relações com todos que que direta ou indiretamente trabalham na execução de alguma etapa do seu infoproduto.
Coloque as regras do jogo no papel antes de tudo começar.
- Contrato com clientes
Este, geralmente, é um contrato de adesão. Um modelo que se aplica a todos que compram o seu produto ou serviço.
Como o contrato é que faz a lei entre as partes, cuide de prever, de forma clara, no que consiste o seu infoproduto.
- Objetivos
- Prazo e forma de acesso
- Preço e forma de pagamento
- Responsabilidades
- Rescisão do Contrato
É claro que as cláusulas deste contrato devem ser redigidas de acordo com o seu infoproduto.
Quanto mais situações forem previstas, menores são os riscos de problemas decorrentes do contrato.
Passo #3: dar atenção às burocracias
Dar atenção aos procedimentos burocráticos é algo que ninguém quer fazer.
Contudo, é um ponto importante na venda de seus infoprodutos.
O primeiro aspecto a ser considerado, é emitir a nota fiscal sobre o valor da venda do infoproduto.
Você sempre deve estar atento as condições oferecidas pela plataforma.
E eu te explico o porquê.
Os ganhos sobre a venda como produtor, coprodutor ou afiliado variam.
Geralmente, quando você é produtor, você acaba por ganhar mais com as vendas.
Por outro lado, quando falamos em venda por ser afiliado de um infoproduto, a maior porcentagem de venda fica com o produtor, você estará revendendo ativos digitais de um terceiro. É como se você ganhasse comissão por cada venda.
E quanto eu ganho sobre a venda de produtos de terceiros?
Seus ganhos vendendo ativos digitais como afiliado variam muito. Depende do tipo de produto, da sua popularidade, entre outros aspectos.
Quando uma venda é realizada, três são os beneficiários: a plataforma de vendas que
cobra uma espécie de taxa; o produtor (e coprodutor), e o afiliado.
Passo #4: investir em planejamento
Se você quer ter sucesso em suas vendas, você precisa planejar absolutamente tudo.
O seu tempo.
O seu infoproduto.
As datas de lançamento.
A oferta.
A demanda que você consegue atender.
A formalização da empresa.
Os seus parceiros de negócio.
As finanças da empresa.
Com certeza, poderíamos passar muito tempo percorrendo a importância do planejamento para vender pela internet.
Porém, como já falamos sobre a constituição da empresa para vender infoprodutos, tenha em mente que você deverá realizar um planejamento tributário para entender qual regime de tributação melhor se amolda ao seu negócio. Os principais regimes de tributação são:
- Simples Nacional
- Lucro Real
- Lucro Presumido
Como um MEI possui características bem específicas, não vou citá-lo como opção para o planejamento tributário. Até porque, a tributação ao empreendedor que se formaliza como MEI é fixa.
Se você está ganhando dinheiro pela internet, deve se preocupar em emitir notas fiscais e em apresentar as declarações exigidas pelo governo para manter a sua empresa em situação regular.
O planejamento tributário permite que consiga, de forma totalmente lícita, aumentar a lucratividade e competitividade do seu infoproduto, escolhendo o regime de tributação que melhor de adequa a atividade que você desenvolve.
E aqui não há uma fórmula mágica.
Cada empresa, ainda que com a mesma atividade, tem particularidades que devem ser avaliadas.
Para começar um planejamento tributário, você deve responder uma série de exemplo, como por exemplo:
- Qual o regime tributário atual?
- Qual o faturamento atual?
- Qual a previsão de faturamento no ano?
- Qual a previsão de despesas?
- Qual o gasto com funcionários?
Assim, será possível avaliar qual o melhor enquadramento da empresa para obter a melhor economia em termos de tributos, tudo dentro da lei.
Por meio de simulações que considerem as respostas acima, você entenderá os impostos devidos em cada cenário e poderá comparar e organizar melhor a sua empresa.
Passo #5: proteger os direitos autorais
Se você realiza vendas por meio digital, você deve se preocupar também em proteger os direitos autorais de seu produto. Proteja o seu trabalho!
A lei assegura a proteção de obras artísticas, científicas e literárias. Sendo assim, um e-book, por exemplo, possui a mesma proteção quanto aos direitos autorais da mesma forma que um livro físico.
E para proteger uma criação autoral, você precisa registrar a sua criação – ou, de alguma forma, garantir que ela é sua.
A importância do registro é garantir que nenhuma outra pessoa registre o mesmo trabalho idêntico, incorrendo em plágio.
É o registro que garante que você é o verdadeiro autor daquele trabalho.
Para os infoprodutos, não há nenhuma exigência legal quanto ao registro, mas você poderá registrá-lo:
- Quanto aos ebooks, na Biblioteca Nacional, mas o envio deve ser feito de forma física, obrigatoriamente em papel.
- No cartório, mediante a ata notarial, para atestar que o infoproduto foi produzido por você
- Sites específicos que fornecem protocolos de confiança ou até mesmo publicações que permitam aferir que você é proprietário do infoproduto e a data de criação, por exemplo.
Se você quer registrar uma marca ou até mesmo a empresa, o lugar adequado é o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual – INPI.
Você pode ver um guia básico para o registro de marcas clicando neste link.
Passo #6: escolher boas ferramentas
Não basta fornecer um bom infoproduto ou ser um bom infoprodutor, você precisa ter boas ferramentas para desenvolver o seu negócio de forma consistente.
Estude as plataformas de vendas.
As plataformas mais conhecidas são Hotmart, Monetizze e Eduzz, cada uma com características específicas:
- Hotmart: é uma das plataformas que mais crescem a cada dia e fornece diversos benefícios para quem a utiliza. Nela você tem a opção de ser o produtor de determinado produto ou realizar as vendas como afiliado. Além disso, possui 24 categorias diversas e ainda possui o termômetro de vendas, indicando quais são os produtos mais adquiridos. Quanto as comissões, podem chegar a até 80%.
- Monetizze: é focada em infoprodutos, buscando ajudar quem quer ser um afiliado. Nela é possível fazer o acompanhamento de ciclo de vendas, tem integração com o WordPress e comissão para todos os envolvidas na venda.
- Eduzz: disponibiliza cursos de treinamento para quem a utiliza, para que assim você possa melhorar os seus resultados. Nela é possível receber a comissão por uma venda dois dias após a sua concretização, onde o pagamento é feito diretamente em sua conta corrente. Outra vantagem para ampliar seu público, é que a plataforma também aceita pagamentos internacionais.
Falar das plataformas mais conhecidas não indica que você deve usá-las.
Depende da sua adaptação.
Da sua necessidade.
Converse com outros infoprodutores.
Avalie o suporte, tire suas dúvidas.
Conheça alternativas. Teste.
Para os infoprodutos, as plataformas de vendas são grande parte do sucesso, já que a jornada do cliente passa por elas e a experiência no momento da compra deve ser impecável.
Passo #7: colocar o cliente em primeiro lugar
Você não deve focar só na venda e no lucro, mas se preocupar com a satisfação do cliente.
Fidelizar clientes é bem interessante para quem trabalha com infoprodutos.
Além disto, clientes satisfeitos fazem propaganda gratuita para você, falando bem do que você vende e atraindo mais pessoas!
Mas, tratar o cliente bem não basta.
Você precisa seguir as legislações aplicáveis e resguardar os direitos dos consumidores.
A legislação aplicável quanto aos consumidores de infoprodutos é exatamente a mesma dos negócios convencionais ou físicos.
- Toda compra pela internet tem direito de arrependimento em 7 dias
O artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor assegura o direito ao arrependimento, no prazo de 7 dias.
O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
Então, fornecer a garantia de 7 dias não é um favor que você faz ao anunciar o seu infoproduto.
É um direito previsto na legislação para todas as compras ocorridas pela internet.
Independente do valor.
Independente da forma de pagamento.
Independente do motivo.
O consumidor pode desistir da compra em 7 dias.
Deste modo, se a oferta diz que você oferece garantia de 7 dias, o consumidor poderá entender que, além dos 7 dias que a lei lhe assegura, há outros 7 dias garantidos por você para exercer o direito de arrependimento, totalizando 14.
Se você fornece 30 dias de garantia, precisa ficar claro ao consumidor se são 30 dias incluídos os 7 dias previstos na lei (então, você está oferecendo 23 dias) ou se são 30 dias além dos 7 dias do direito de arrependimento.
E se o consumidor que adquiriu seu produto digital vier desistir da compra, é importante que haja comprometimento na satisfação desta determinação legal.
Não crie empecilhos.
Busque entender o motivo do pedido de devolução para que não ocorra outras vezes.
Resolva sem gerar outros desgastes ao consumidor.
- Cuidado com ofertas e propaganda enganosa
Para trabalhar com infoprodutos, você estudou muito sobre gatilhos mentais, ofertas irresistíveis, persuasão, copy, certo?
Se você estiver disposto a ouvir um conselho sobre direito do consumidor é: tenha cuidado com as suas ofertas e seja honesto com o seu público.
O Código de Defesa do Consumidor garante o direito a informação adequada e clara e a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais.
Em relação a propaganda enganosa, considere que qualquer comunicação feita ao consumidor vincula o seu produto ou serviço, mesmo antes da compra.
Então, as informações enviadas para a sua lista de e-mail ou disponíveis em sua página de ofertas, obrigam a entrega de tudo o que é prometido.
Se você prometeu, por exemplo, o retorno do investimento no infoproduto em 30 dias e o consumidor, depois de fazê-lo, não teve este retorno, sua propaganda pode ser considerada enganosa e isto poderá trazer prejuízos.
O Código de Defesa do Consumidor também trata de práticas abusivas, como os exemplos abaixo:
- Condicionar a disponibilização de um produto ou serviço à compra de outro
- Não entregar nota fiscal
- Aumentar sem motivo o preço de produtos ou serviços
- Definir preços diferentes, de acordo com as formas de pagamento
Antes de colocar a sua página de vendas no ar, leia o Código de Defesa do Consumidor e veja se não está indo contra a lei.
Afinal, a infração a legislação consumerista pode configurar crime ou até mesmo gerar o pagamento de multas, além, é claro, a obrigação de reparar todos os danos causados ao consumidor.
Passo #8: Proteção de dados
O último aspecto, mas não menos importante, é com relação a proteção de dados que você tem acesso em razão do seu infoproduto.
Nome.
Documentos pessoais.
E-mail.
Todas as pessoas que disponibilizam dados pessoais, sejam leads ou efetivos compradores, devem saber o que ocorrerá com os dados coletados.
Assim, a Lei Geral de Proteção de Dados, que ainda não entrou em vigor no Brasil, disciplina as obrigações em relação a proteção de dados.
A Lei define como as empresas que trabalham pela internet, como lojas virtuais e infoprodutores, devem se comportar frente aos dados coletados de seus usuários.
É totalmente comum a coleta de informações por parte das empresas para que possa ações de marketing sejam realizadas com mais assertividade.
Contudo, com a LGPD, as empresas deverão atuar de forma mais transparente.
Será necessário explicitar quais dados estão sendo coletados, com quem eles possivelmente estão sendo compartilhados e a finalidade desta coleta de dados.
Para isto, será necessário elaborar política de privacidade, termos de uso, política e cronograma de retenção de dados.
De novo. Fuja dos modelos.
Cada empresa trata os dados com finalidades específicas, de formas diferentes.
Elabore os documentos necessários e estabeleça os responsáveis pelo acompanhamento e atualizações necessárias depois da implantação da LGPD.
É possível ter um infoproduto rentável e viver da internet?
Perfeitamente.
Mas, você precisa adotar cuidados.
Nada de absurdo.
Nada impossível de se fazer.
Somente o que se deve executar em todo tipo de negócio.
Depois destes 8 passos, você viu que é preciso levar a sério o seu negócio na internet, mesmo que seja só uma fonte de renda extra.
Não basta divulgar o seu infoproduto nas redes sociais e investir pesado em marketing digital, tráfego pago, influencers, estrutura de gravação, ferramentas, mas não estar trabalhando dentro da lei.
Ter zelo com o seu negócio na internet, com certeza, não te proporcionará só obrigações, mas muitos outros benefícios, como um retorno financeiro melhor, previsibilidade sobre os problemas que podem aparecer e tomar boas decisões no tempo certo.
E é mais fácil fazer o que precisa ser feito desde o começo.